Para quem busca expandir suas operações ou otimizar seus investimentos, os mercados emergentes oferecem oportunidades sem precedentes no setor imobiliário.
Afinal, esse setor tem se mostrado um canal estratégico para empresas que desejam aproveitar o crescimento econômico dessas regiões. No entanto, junto com as oportunidades, surgem desafios que exigem uma gestão proativa do portfólio imobiliário.
Neste artigo vamos mostrar as especificidades da gestão de portfólios imobiliários em mercados emergentes, destacando estratégias para maximizar os retornos e mitigar riscos em ambientes dinâmicos e muitas vezes voláteis. Boa leitura!
O que são mercados emergentes?
Mercados emergentes são economias em rápido crescimento, que estão passando por um processo acelerado de industrialização e urbanização.
Embora enfrentem desafios estruturais, esses países apresentam uma crescente demanda por infraestrutura, imóveis corporativos e espaços comerciais, criando um terreno fértil para investimentos imobiliários.
Para os líderes empresariais, os mercados emergentes representam não apenas uma oportunidade de diversificar geograficamente seus portfólios, mas também de se posicionar em regiões com um grande potencial de crescimento futuro.
Países como Brasil, Índia, China e Indonésia se destacam como destinos estratégicos para investimentos imobiliários corporativos e expansão das atividades comerciais.
Crescimento econômico e urbanização nesses mercados
O crescimento econômico e a urbanização estão interligados nos mercados emergentes, gerando uma demanda contínua por imóveis comerciais, industriais e logísticos e também pelos produtos oferecidos por uma organização.
À medida que as populações urbanas aumentam e o poder de compra das classes médias se expande, há uma maior necessidade de escritórios, centros logísticos e até mesmo infraestrutura tecnológica para atender setores como o de tecnologia e serviços financeiros.
Empresários e gestores que compreendem essas dinâmicas podem identificar oportunidades de investimento estratégico em áreas em crescimento.
Por exemplo, o desenvolvimento de complexos logísticos nas regiões metropolitanas do Brasil, como São Paulo, tornam esses locais altamente atraentes para companhias que buscam novos mercados e expansão de suas operações.
Oportunidades imobiliárias em mercados emergentes
De modo geral, as oportunidades no setor imobiliário corporativo em mercados emergentes são vastas e diversas. E por isso, separamos as principais delas logo abaixo.
Hubs tecnológicos e financeiros
Mercados emergentes estão rapidamente se tornando centros globais de inovação e tecnologia.
Cidades como São Paulo, Shenzhen e Nairobi estão investindo em infraestrutura de ponta para atrair empresas de tecnologia e finanças, o que, por sua vez, aumenta a demanda por imóveis corporativos de alta qualidade.
Crescimento do setor industrial e logístico
A necessidade crescente de instalações de fabricação, armazenamento e logística está impulsionando o desenvolvimento de parques industriais e centros de distribuição, especialmente em regiões estratégicas próximas a portos e centros de transporte.
Iniciativas de desenvolvimento urbano e infraestrutura
Vários governos estão promovendo iniciativas de modernização urbana, oferecendo incentivos fiscais e facilitando o acesso a financiamento para projetos imobiliários.
Esse ambiente cria oportunidades significativas para empresas que desejam investir ou expandir em mercados emergentes.
Em outras palavras, é uma maneira de expandir as operações do negócio, aproveitando oportunidades imobiliárias locais para ampliar o capital da empresa.
Quais os desafios da gestão de portfólio imobiliário nesses mercados?
Ainda que apresente vasta oportunidade, a gestão de portfólios imobiliários em mercados emergentes requer atenção especial devido a diversos desafios. Por isso, é fundamental atentar-se a alguns pontos que destacamos abaixo.
Instabilidade econômica e política
Mercados emergentes podem apresentar volatilidade econômica e política significativa. Flutuações nas taxas de câmbio, crises políticas ou mudanças abruptas nas regulamentações podem impactar diretamente os investimentos imobiliários.
A capacidade de adaptar estratégias rapidamente e de fazer ajustes no portfólio é essencial para quem deseja expandir para esses mercados.
Infraestrutura inadequada
Em muitas áreas emergentes, a infraestrutura urbana ainda é um desafio. Problemas com transporte público, energia e telecomunicações podem dificultar o desenvolvimento imobiliário, especialmente em regiões mais afastadas dos centros urbanos principais.
Nesse sentido, organizações que buscam expandir seus portfólios precisam considerar esses fatores e avaliar como eles podem afetar o retorno sobre o investimento.
Riscos regulatórios e burocracia
Muitos mercados emergentes são conhecidos por sistemas regulatórios complexos. O ambiente de negócios pode ser afetado por burocracia excessiva, processos de aprovação longos e uma falta de transparência nas leis de zoneamento e construção.
Esse tipo de risco precisa ser gerenciado por meio de parcerias locais e consultorias especializadas para evitar um custo maior do que o previsto.
Inclusive, a PMC tem expertise em auxiliar empresas nesse processo, ajudando na legalização de imóveis e desenrolando a burocracia.
Um bom exemplo, foi o Farol Porto Alegre, que é um prédio histórico tombado pela IPHAE e que em 2019 teve a reinauguração do Farol Santander. Para que isso acontecesse, a PMC atuou para vencer alguns desafios, como:
- Renovar o AVCB do banco;
- Garantir 100% de regularidade;
- Adequar o projeto PPCI;
- Aprovar o PPCI da instituição;
- Obter a aprovação na vistoria dos bombeiros.
Como estratégia, analisamos os projetos aprovados anteriormente, verificamos as alterações no PPCI, fizemos apontamentos e adequações no novo projeto, e preparamos tudo para a pré-visita dos bombeiros.
O resultado foi uma licença obtida com sucesso, 100% de regularidade, 10 atividades culturais realizadas em ambiente seguro e nenhum documento perdido por vencimento.
Flutuações cambiais
A volatilidade das moedas locais é uma realidade constante em mercados emergentes.
Por conta disso, é preciso considerar a utilização de estratégias de hedge ou de diversificação para mitigar riscos cambiais, garantindo que a valorização dos ativos não seja comprometida por flutuações monetárias.
Liquidez do mercado
Ao contrário dos mercados desenvolvidos, onde o setor imobiliário é maduro e altamente líquido, os mercados emergentes podem apresentar menos liquidez.
Isso significa que, em situações de crise ou necessidade de desinvestimento rápido, a saída pode ser mais difícil e os preços mais voláteis.
Estratégias para otimizar a gestão de portfólios imobiliários corporativos
Para maximizar o retorno sobre o investimento e mitigar os riscos inerentes a esses mercados, é vital adotar uma abordagem estratégica que destacaremos a seguir.
Diversificação geográfica e de ativos
Uma forma eficaz de gerenciar o risco é diversificar os investimentos em diferentes regiões e tipos de imóveis, o que pode incluir a combinação de propriedades comerciais, industriais e logísticas, distribuídas entre várias cidades ou países emergentes.
A diversificação não apenas protege contra os riscos de concentração, mas também oferece múltiplas fontes de receita.
Parcerias locais estratégicas
Trabalhar com parceiros locais experientes é fundamental para navegar nas complexidades regulatórias e culturais dos mercados emergentes.
Empresas com expertise local podem ajudar a superar barreiras burocráticas, acelerar aprovações e fornecer insights valiosos sobre o mercado.
Inclusive, a PMC atua de forma personalizada para otimizar portfólios imobiliários, identificando não apenas oportunidades, mas também prevenindo grandes riscos.
Um bom exemplo, foi a nossa parceria com o Santander. O banco com 120 unidades espalhadas pelo país, tinha um percentual muito baixo de regularização imobiliária, em especial de AVCB que tinha 68% das unidades pendentes.
Como solução tecnológica, utilizamos o nosso próprio ERP para controlar as demandas, e com uma equipe interna de analistas altamente capacitados e equipe local com amplo conhecimento da legislação dos municípios, mudamos esse cenário.
Como resultado, em apenas 12 meses, o banco passou a ter 81% de AVCB vigentes, 18% que já estão em análise no corpo de bombeiros, e somente 1% dependendo de ações condominiais. Esse é o fruto de contar com uma empresa especializada.
Adoção de tecnologia e inovação
A digitalização do setor imobiliário, com o uso de ferramentas de gestão e análise de dados, pode ajudar a monitorar e otimizar o desempenho dos ativos de maneira mais eficiente.
Desse modo, investir em plataformas tecnológicas para acompanhar as tendências de mercado, como big data e inteligência artificial, pode gerar informações cruciais para a tomada de decisões estratégicas.
Considerações finais
Como podemos ver ao longo deste artigo, o setor imobiliário corporativo em mercados emergentes representa tanto uma oportunidade de expansão quanto um desafio que exige cautela e planejamento estratégico.
As oportunidades de crescimento, impulsionadas pela urbanização e pelo desenvolvimento econômico, são vastas, mas é fundamental estar preparado para navegar pela volatilidade econômica, os riscos regulatórios e os desafios estruturais.
Aqueles que adotarem uma abordagem proativa, focada em diversificação, inovação e parceria local, estarão bem-posicionados para capitalizar sobre o crescimento desses mercados e otimizar o retorno de seus portfólios imobiliários corporativos.
E se você precisa de uma consultoria especializada, lembre-se que a PMC está ao seu lado em todas as etapas do processo de gestão de portfólio, desde a regularização imobiliária até a otimização de estratégias para maximizar os retornos.
Agende uma consulta e descubra como podemos ajudar sua empresa a crescer em mercados emergentes.