A transformação do varejo ao longo das décadas não é apenas um reflexo da inovação tecnológica, mas também das mudanças nos comportamentos e expectativas dos consumidores.
Do simples foco em produção em massa ao uso de inteligência artificial para personalizar experiências, o varejo evoluiu de maneira significativa, impactando também o mercado imobiliário corporativo.
Mas como chegamos até aqui e o que essa evolução significa para o futuro do Corporate Real Estate (CRE)? É sobre isso que vamos falar neste artigo. Boa leitura!
O que é o varejo 1.0 e como ele moldou o início do comércio moderno?
O varejo 1.0 foi marcado pelo foco na eficiência da produção e pela busca de escalabilidade. No início do século XX, a Ford Motor Company representou bem essa fase ao revolucionar a indústria automotiva com o Modelo T.
O conceito de produção em massa reduziu custos e tornou produtos acessíveis a um número maior de pessoas, mas a experiência do consumidor ainda não era prioridade.
Nesse período, o mercado imobiliário corporativo também se limitava a atender demandas básicas de infraestrutura para armazenar e comercializar produtos, com grandes galpões e lojas simples.
Como o varejo 2.0 trouxe o cliente para o centro das decisões?
A partir da segunda metade do século XX, o varejo começou a mudar. O modelo 2.0 priorizou o consumidor e sua experiência de compra. Empresas como Procter & Gamble (P&G) foram pioneiras em entender o público-alvo.
A P&G utilizou pesquisas extensas para criar produtos alinhados às necessidades dos consumidores, como as fraldas Pampers, que se tornaram sinônimo de inovação ao incorporar feedback dos pais.
Para o setor de CRE, essa fase significou a diversificação de espaços. Lojas físicas passaram a ser desenhadas para atrair e engajar os consumidores, com layouts mais agradáveis e localizações estratégicas em áreas residenciais e comerciais.
Qual foi o papel do varejo 3.0 na conexão entre marcas e consumidores?
O varejo 3.0 trouxe uma forte conexão emocional entre marcas e consumidores. Empresas começaram a alinhar suas operações com valores sociais e ambientais, entendendo que as escolhas dos consumidores também envolvem princípios éticos.
Um exemplo claro é a Ben & Jerry’s, que integra ações como justiça climática em sua proposta de valor. No contexto imobiliário, surgiram os primeiros espaços sustentáveis e o uso de certificações como LEED para atestar construções verdes.
A responsabilidade social começou a moldar não apenas as marcas, mas também os ambientes que elas ocupam.
Como a digitalização transformou o varejo 4.0?
O varejo 4.0 marcou a integração de múltiplos canais de venda. Com a ascensão do e-commerce, empresas como a Amazon redefiniram o setor, permitindo que os consumidores comprassem de qualquer lugar, a qualquer momento.
A Amazon também expandiu sua infraestrutura com centros de distribuição automatizados, transformando o conceito de eficiência logística.
Para o CRE, a digitalização trouxe desafios e oportunidades. Os imóveis precisaram adaptar-se a novas funções, como atender às exigências de logística do comércio eletrônico.
Além disso, o conceito de omnichannel impulsionou a demanda por espaços híbridos, que combinam estoque, distribuição e showroom.
O que diferencia o varejo 5.0 e quais são seus impactos no CRE?
O varejo 5.0 é a convergência entre tecnologia de ponta e a humanização das interações. Ele utiliza inteligência artificial, big data e realidade aumentada para oferecer experiências personalizadas.
A Starbucks é um exemplo marcante dessa evolução. Com um aplicativo que recomenda produtos com base no histórico de compras e permite pedidos antecipados, a empresa une conveniência e personalização.
Esse movimento impacta diretamente o CRE, pois transforma o papel das lojas físicas. Espaços tradicionais dão lugar a locais de experiência, como a “House of Innovation” da Nike, em Nova York.
Lá, consumidores interagem com produtos por meio de tecnologia avançada e têm acesso a experiências exclusivas que fortalecem o vínculo com a marca.
Como o varejo 5.0 redefine a escolha de espaços físicos?
O avanço do varejo 5.0 impõe novas exigências no que diz respeito à localização e estrutura dos imóveis. A proximidade com centros urbanos e hubs logísticos se torna indispensável para atender à crescente expectativa por conveniência e rapidez.
A Apple Store na 5ª Avenida, em Nova York, exemplifica como a localização estratégica, aliada ao design inovador, pode gerar alto fluxo de clientes e consolidar a presença de marca.
Além disso, o conceito de “lojas flagship” ganha força. Esses espaços funcionam como vitrines tecnológicas, onde a experiência supera a simples venda de produtos. Esse cenário obriga o setor imobiliário corporativo a adaptar-se com rapidez e eficiência.
Quais são as tendências para o mercado de Corporate Real Estate no varejo 5.0?
O futuro do CRE será marcado por espaços cada vez mais flexíveis e tecnologicamente preparados.
Lojas e centros de distribuição devem oferecer infraestrutura robusta para suportar tecnologias emergentes, como realidade aumentada, e garantir uma operação sustentável.
A integração entre físico e digital (figital) será essencial para atender às expectativas do varejo 5.0. A sustentabilidade também ganha relevância.
Empreendimentos que incorporam práticas ecológicas, como painéis solares e gestão inteligente de energia, serão mais valorizados por marcas e consumidores.
Como o CRE pode se adaptar às mudanças do varejo 5.0?
Para se destacar, empresas de CRE precisam investir em inovação. A digitalização de imóveis é uma solução indispensável, permitindo que gestores e clientes explorem espaços de forma remota e detalhada.
O “RealSpace 3D” da PMC exemplifica como a tecnologia pode transformar o setor. Utilizando a plataforma Matterport, esse sistema oferece uma visão completa dos imóveis, promovendo acessibilidade global e otimizando decisões.
Além disso, a consultoria como serviço (CaaS) emerge como um diferencial competitivo. Ao oferecer estratégias personalizadas, o CRE não apenas atende às demandas do varejo 5.0, mas também contribui para o fortalecimento da experiência do cliente.
Em paralelo, a Consultoria como Serviço (CaaS) também ajuda na adaptação dessa mudança, trazendo redução de custos e eficiência para o seu negócio de varejo.
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